NOTA DE REPÚDIO – O Caso de Vanessa Ricarte: A Violência no Relacionamento e a Urgência em Prevenir Tragédias como o Feminicídio

por Rebecca Damaceno
Vanessa Ricarte

É impossível ignorar o impacto de uma tragédia como a morte da jornalista Vanessa Ricarte, esfaqueada pelo ex-noivo em um crime brutal. A violência doméstica começa com palavras, com gestos sutis de controle e ciúmes, e pode terminar com a morte de mulheres que apenas buscavam viver em paz. O episódio que envolveu Vanessa Ricarte, membro do grupo Ipê Rosa e do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, nos convoca à reflexão sobre como os abusos se iniciam e se espalham silenciosamente até que seja tarde demais.

Vanessa Ricarte, jornalista e integrante do grupo Ipê Rosa, foi brutalmente assassinada depois de ter denunciado o seu agressor à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) e solicitado uma medida protetiva. Ela se tornou mais uma vítima de um ciclo de violência que começa de forma sutil e termina em tragédia. O grupo Ipê Rosa, que conhece o trabalho e os compromissos de Vanessa em sua missão de apoiar mulheres, repudia esse tipo de violência e lamenta profundamente a perda de uma amiga e profissional tão dedicada. A rede As Femininas também compartilha dessa dor e reforça a urgência em alertar todas as mulheres sobre os sinais de um relacionamento abusivo.

Vanessa, além de jornalista, também foi integrante ativa, fazendo um trabalho significativo para o grupo Ipê Rosa e o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. Ela estava sempre ao lado de mulheres que buscavam apoio, oferecendo orientação e demonstrando seu compromisso com o empoderamento feminino. A tragédia de sua morte é ainda mais dolorosa quando percebemos que ela já havia tomado as medidas legais permitidas para se proteger: ela havia feito um boletim de ocorrência, pedido medida protetiva e até registrado que o agressor tinha histórico de violência. Mesmo com todos esses alertas, a tragédia se consumou, mostrando como, muitas vezes, o sistema falha em proteger a vítima.

A violência doméstica não começa com agressões físicas, mas com atitudes sutis, como o controle excessivo, ciúmes patológicos e a desvalorização da mulher. O caso de Vanessa, infelizmente, é apenas um reflexo de uma realidade brutal que muitas mulheres enfrentam diariamente. O fato de ela já ter dado os passos necessários para a proteção de sua vida e ainda assim ter sido morta é um triste lembrete de como o ciclo de abuso é muitas vezes subestimado pela sociedade, que tende a minimizar os sinais iniciais de abuso emocional e psicológico.

As estatísticas são alarmantes: a cada 7 segundos uma mulher é agredida no Brasil. A sociedade precisa entender que os abusos, muitas vezes, começam como palavras e atitudes que passam despercebidas até que se tornem fatais. Não podemos mais permitir que o silêncio e a inção sejam cúmplices da violência. Este caso deve ser um chamado à ação, para que todos, mulheres e homens, se tornem agentes da mudança na conscientização sobre os perigos da violência doméstica e do feminicídio.

É importante frisar que a violência doméstica não se resume ao comportamento do agressor, mas ao ciclo de omissão e desinformação que envolve as vítimas. Mulheres que não denunciam por medo, dependência emocional ou falta de apoio acabam, muitas vezes, caindo mais profundamente no abismo da violência. O alerta está na capacidade da sociedade de reconhecer os sinais e intervir antes que seja tarde demais. Não podemos mais permitir que o medo e o silêncio sejam mais fortes que a vida.

O caso de Vanessa Ricarte deixa claro que a violência doméstica não escolhe vítimas. Ela pode atingir qualquer mulher, em qualquer lugar, e é fundamental que a sociedade como um todo se una para erradicar esse mal. Se você conhece alguém que está em um relacionamento abusivo, procure oferecer apoio, oriente-a a buscar ajuda e denuncie qualquer sinal de violência. A morte de Vanessa deve ser um marco para que todas as mulheres saibam que elas não estão sozinhas. Denunciar, educar e agir são atitudes que podem salvar vidas.

🚨 Denuncie! Ligue 180 e salve vidas. 📢 Compartilhe este artigo e ajude a propagar a conscientização.

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1 comentário

Jorjão Correa 13/02/2025 - 22:23

“Homem de verdade protege. Covarde agride. A diferença entre um e outro tá no caráter, na palavra e na honra. Quem bate numa mulher, quem usa da força pra impor sua vontade, quem não aceita um ‘não’ é um frouxo, um lixo. O caso da Vanessa é mais um entre tantos. Até quando? Se você é homem e ainda não entendeu isso, reflita. E se você já sabe, não se cale. O silêncio também mata.”

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